Reforma tira do povo e dá para bancos
O discurso do governo, apoiado pela grande mídia, é de que a
reforma da Previdência é a vilã nas contas públicas. Segundo a equipe de
Bolsonaro, com a PEC 6/19, o país vai economizar cerca de R$ 1 trilhão na
próxima década. Justamente o valor que, nos últimos 10 anos, foram destinados
para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública.
Enquanto retira recursos dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, a
reforma da Previdência beneficia setores que já “nadam” em dinheiro, como os
bancos e os investidores.
Ao invés de mexer nos direitos de quem mais precisa, o
governo federal deveria adotar medidas como uma auditoria da dívida pública
interna, taxar as grandes fortunas acima de R$ 20 milhões, e fazer a tributação
sobre lucros e superiores a R$ 360 mil mensais.
Apesar de divulgarem que a Previdência é deficitária, a
Seguridade Social registrou superávit de R$ 1 trilhão entre 2005 e 2016. Então,
na verdade, a reforma da Previdência é uma demanda do mercado financeiro, não
do povo.
A reforma, que foi aprovada na Câmara Federal, reduz os
valores das aposentadorias, aumenta o tempo de contribuição e estabelece a
idade mínima de 62 anos (mulheres) e 65 (homens). Para ter direito à
aposentadoria integral, o trabalhador terá de contribuir por 40 anos. (SBBA)