VIVA AS TRADIÇÕES NORDESTINAS!
Iniciamos as nossas breves
argumentações esclarecendo que apreciamos as distintas manifestações artísticas
e culturais. Sobretudo, às de origem étnicas, tradicionais e populares.
Enfatizamos o necessário
debate acerca da ética e da Indústria Cultural que busca, a todo momento, apresentar
pacotes de ‘burrificação’, através dos grandes meios de comunicação.
A Indústria Cultural encoraja uma visão passiva e acrítica do mundo ao
dar ao público apenas o que ele quer, desencorajando o esforço pessoal pela
posse de uma nova experiência estética. Ela apresenta apenas o
conhecido, o já experimentado. Por outro lado, essa indústria prejudica também
a arte séria, neutralizando sua crítica a sociedade.
Quando vamos a uma apresentação de Rock And Roll, Reggae, Ópera, Samba,
Frevo, Maracatu, Carimbó, queremos ouvir, naturalmente, tais gêneros.
Não é de hoje que as festas juninas do nordeste vêm sendo descaracterizadas.
Principalmente pela invasão de ritmos que nada têm a ver com as nossas tradições.
Finalmente, levantam- se vozes com repercussão na mídia contestando essa
aberração que, diga-se passagem, tem muitas vezes o apoio do poder público.
Que relação podemos encontrar entre a “plastificação” do “sertanejo
universitário” (não é necessário frequentar a universidade para produzir algo
tão desclassificado), o arrocha, ou mesmo o “forró eletrônico” com o baião, o
xote, o xaxado, o côco, o arrasta-pé?
Faz-se também necessário uma reflexão sobre letras de “músicas” de gêneros como o “sertanejo
estilizado” (respeitamos o sertanejo de raiz), o funk carioca, a swingueira
baiana, o arrocha e o forró eletrônico, cujas abordagens são, geralmente, a
ostentação capitalista, a degeneração moral, a infidelidade amorosa, a
desvalorização da mulher e até a misoginia.
Os jovens que estão vivendo as primeiras experiências amorosas e sexuais
são bombardeados por “músicas” de baixíssimo nível que mais se assemelham a
cenas de sexo explícito. Uma verdadeira violência psicológica a que são
submetidos numa fase onde o senso crítico dificilmente foi desenvolvido.
Seriam belas as doenças sexualmente transmissíveis (dentre elas a AIDS)?
Seria saudável a gravidez na adolescência, a gravidez indesejada, a
necessidade do recurso ao aborto?
Seria ético caçoarmos dos “cornos” e infelizes?
Vamos valorizar a cultura e as tradições nordestinas!
Celebremos as belas festas juninas!
Cantemos o amor em sua diversidade e plenitude!
Jorge Barbosa de Jesus – Bacharel em Direito
pela Fespi/Uesc